CAPELA SANTA ISABEL

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Santa Isabel de Portugal:

Santa Isabel de Portugal Modelo de rainha, esposa e mãe

Na santa soberana de Portugal conjugam-se o fulgor da coroa real com a virtude de exímia caridade e um dom especial de pacificadora, que marcaram toda sua vida

  • Plinio Maria Solimeo

Jaime I de Aragão, avô de Santa Isabel
Jaime I de Aragão, a História o registra com os epítetos de Conquistador, por suas glórias militares, e de Santo, por sua admirável piedade. Havia rompido relações com seu filho e herdeiro Pedro (a quem foi atribuído o cognome de Grande) devido a seu casamento sem o consentimento paterno com a Princesa Constança, filha do Rei da Sicília.
Essa situação anômala terminaria do modo mais inesperado: Jaime I considerou o primeiro fruto dessa união, Isabel, um sinal de predileção de sua tia-avó, Santa Isabel da Hungria. O grande guerreiro foi tão conquistado pela recém-nascida, que perdoou o filho e desejou exercer a guarda da menina a fim de guiá-la em seus primeiros anos. Assim começou, desde o berço, a ação da futura santa.

Pode-se dizer que nela a piedade nasceu com o despertar para a vida; quando chorava como qualquer outro bebê, bastava alguém mostrar-lhe um Crucifixo ou uma imagem da Virgem para que silenciasse. Daquele pequeno ser emanava tanta unção e suavidade, que as damas do palácio consideravam uma graça o poder contemplá-la.

Aos cinco anos de idade Isabel perdeu seu virtuoso avô e voltou para o lar paterno, onde cresceu em graça e santidade. Aos oito anos já recitava diariamente o ofício divino.

A Santa Rainha dá um grande impulso a Portugal

Isabel pensava em consagrar a Deus sua virgindade, mas por iluminação divina e recomendação do confessor compreendeu que, como princesa, deveria aceitar um esposo e fazer brilhar no trono as virtudes evangélicas. Por isso, aos 12 anos contraiu matrimônio com Dom Dinis, rei de Portugal.

Na corte portuguesa ela continuou a ser um modelo de virtude, como fora na de Aragão. Seu bom exemplo levou muitas damas da nobreza a viver tão cristãmente como a rainha. A fama desse bom exemplo chegou rapidamente a todos os rincões de Portugal, excitando em toda parte uma santa emulação.

Quando Isabel chegou, Portugal já havia varrido de seu território o jugo maometano e ampliado suas fronteiras até os limites atuais, entrando numa nova era de paz e prosperidade. Dom Dinis reconstruiu cidades devastadas pela guerra, fundou hospitais e escolas, entre elas a célebre Universidade de Coimbra. Restaurou e construiu igrejas, orfanatos para os filhos dos mortos na guerra, e sobretudo dedicou-se à agricultura com tal afinco, que recebeu da posteridade os títulos de Rei Lavrador e Pai da Pátria. Evidentemente, Santa Isabel exerceu grande papel em tudo isso, o que lhe valeu na época o epíteto de Rainha dos Agricultores.

Dor e paciência ante infidelidades conjugais

Santa Isabel contrai casamento aos 12 anos com Dom Dinis, rei de Portugal
Isabel foi um exemplo de respeito, amor e obediência ao marido. Este, embora dotado de muitas qualidades que o tornavam amigo da justiça e da verdade, deixou-se levar, quando jovem, por maus exemplos, mantendo muitas ligações ilícitas das quais nasceram vários filhos bastardos. Pesando-lhe mais a ofensa feita a Deus que a si própria e o escândalo público que representava tal procedimento, a rainha sofria e praticava a virtude da paciência para com as misérias morais do marido, rezando e sacrificando-se por ele, e procurando atraí-lo para uma vida virtuosa. A bem da verdade, é necessário dizer que D. Dinis soube compreender a grandeza de alma da esposa, concedendo-lhe inteira liberdade tanto para suas devoções quanto para a prática da caridade. Tal paciência levou-o finalmente a reconhecer seus erros, emendar-se de sua depravação e fazer penitência por seus pecados.

Quem não sofria com a mesma resignação os pecados do rei era o Infante Afonso, seu filho, que desejava nobremente fazer cessar o ultraje feito à sua mãe. Certo dia, declarou-se em aberta revolta contra o pai. Este resolveu aprisionar de surpresa o filho e encerrá-lo numa torre até o fim de seus dias. A rainha descobriu o plano do marido e mandou alertar o filho do perigo que corria. Alguns cortesãos mal-intencionados acusaram-na perante o rei de ser partidária do filho rebelde e auxiliá-lo até com armas. Demasiado crédulo, o monarca expulsou Isabel do palácio, privou-a de todas as rendas e desterrou-a para a cidade de Alenquer.

Afonso solicitou o auxílio de Aragão e de Castela contra o pai. A guerra civil era inevitável. Tendo conhecimento do perigo desse conflito, Isabel abandonou Alenquer contra a ordem do marido e dirigiu-se a Coimbra, onde estava o rei. Lançando-se a seus pés, suplicou que perdoasse o filho. Dom Dinis recebeu-a com bondade e autorizou-a a tentar estabelecer a paz com o filho. A rainha foi a Pombal, onde o Príncipe se encontrava à frente de suas tropas, e assegurando-lhe o perdão do rei, conseguiu restabelecer a paz.

Impressionante exemplo da justiça de Deus

A rainha tinha um pajem muito virtuoso e prudente, digno de toda confiança, a quem incumbia de conceder aos pobres grande parte de suas esmolas. Outro pajem, invejando-o, foi dizer ao monarca que a confiança da rainha por aquele pajem era fruto de uma inclinação pecaminosa. O rei, que naquele tempo estava entregue a uma vida irregular, acreditou na calúnia, e planejou matar secretamente o referido pajem. Certo dia, passando pelo local onde havia uma usina de cal, chamou os operários e ordenou-lhes que, quando alguém viesse, de sua parte, perguntar se eles haviam feito o que o rei ordenara, que o pegassem e o lançassem ao grande forno para aí perecer.

No dia seguinte, D. Dinis mandou o pajem da rainha ir à usina perguntar se o que ele havia ordenado havia sido feito. Entretanto, a Providência velava pelo virtuoso jovem. Passando no caminho por uma igreja, o pajem entrou para rezar. E vendo que ia começar uma Missa, permaneceu algum tempo para assisti-la. Terminada a primeira missa, começou uma segunda, depois uma terceira, e o piedoso pajem ficou também na igreja para rezar no transcorrer delas.

Enquanto isso o rei, levado pela impaciência, chamou outro pajem —providencialmente, o mesmo caluniador — e enviou-o à usina, a fim de se inteirar se sua ordem havia sido cumprida. Imediatamente os operários apoderaram-se do infeliz e lançaram-no ao forno.

O primeiro pajem chegou depois àquele local e perguntou se o que o rei ordenara fora executado, recebendo a resposta afirmativa. De volta ao palácio, foi dar conta de sua missão ao soberano, que ficou muito surpreso de vê-lo vivo e quis saber o que acontecera. O pajem contou-lhe então que, quando ia a caminho da usina, passou pela igreja para uma rápida oração. E que seu pai, ao morrer, havia lhe recomendado assistir a todas as missas que visse em andamento. Por isso ele assistira a três missas sucessivas, e só depois fora executar o que o rei ordenara.

O monarca reconheceu no fato um julgamento de Deus, testificando a inocência da rainha, a virtude de seu pajem e a malícia do caluniador.

Numerosos milagres operados ainda em vida

Santa Isabel cura miraculosamente a úlcera de um mulher doente
A Rainha Isabel operou vários milagres ainda em vida. Certa vez em que ela por devoção lavava os pés de pobres, havia uma mulher com uma úlcera que exalava insuportável mau odor. Lavou e tratou da ferida, e para vencer sua repugnância, osculou-a. Ao contato com os lábios da rainha, a ferida desapareceu.

Numa noite, durante o sono, Isabel teve uma inspiração do Divino Espírito Santo para edificar uma igreja em seu louvor. Mandou alguns arquitetos ao local que lhe parecia mais conveniente, para estudarem a edificação. Eles voltaram dizendo que os fundamentos já haviam sido lançados, e que se podia, portanto, dar início à construção. Todos se espantaram com esse fato surpreendente, pois até a véspera não havia vestígio desses fundamentos. O rei, tendo em vista constar para a posteridade tal prodígio, mandou que se lavrasse uma ata do sucedido. Tendo a rainha ido ao local para ver o milagre, entrou em êxtase à vista de muitas testemunhas.

É dos mais conhecidos o milagre das rosas. Quando levava no avental dinheiro para socorrer os pobres, encontrou-se com o marido, que perguntou-lhe o que guardava ali. Isabel respondeu-lhe que eram rosas. Ora, estava-se no inverno europeu, quando toda a natureza parece morta, e portanto não vicejam flores. O rei quis então ver o que ela realmente levava no avental. A rainha abriu-o, e surgiram belas e odoríferas rosas.

Dedicação heróica por ocasião da morte do rei

Estando o rei enfermo, desejou ir de Lisboa a Santarém, para mudar de clima. Na viagem, aumentou-lhe muito a febre. Isabel apressou-se em mandar avisar o filho. Ao chegar com o rei em Santarém, não o abandonou mais dia e noite, dele cuidando com suas próprias mãos. Estudava os momentos favoráveis para falar-lhe de Deus, do rigor do julgamento divino, do horror aos pecados, da compunção com que se deve detestá-los e da pureza de consciência com que se deve apresentar diante de Deus. Ao mesmo tempo, distribuía muitas esmolas na intenção do soberano e mandava rezar orações especiais em todo o reino por ele.

Após a morte de D. Dinis, a 6 de janeiro de 1325, a rainha depôs as vestes reais, cortou o cabelo e vestiu um simples hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Depois de procurar por todos os meios o sufrágio da alma do falecido rei, entregou-se de corpo e alma ao cuidado dos pobres e enfermos nos hospitais e demais obras de misericórdia. Sendo ela rainha, fazia-o com particular elevação de alma e eficácia.

Nesse mesmo ano, fez uma peregrinação a Santiago de Compostela pelo eterno repouso do marido, e lá deixou sua coroa, jóias, vestes reais e muitos outros dons de grande valor.

A santa rainha faleceu no dia 4 de julho de 1336, aos 65 anos. Junto a seu túmulo multiplicaram-se os milagres. Entretanto Isabel só seria beatificada em 1516 e canonizada em 1625. Nessa ocasião, quando abriram o túmulo, encontraram seu corpo incorrupto, apesar de já terem transcorrido quase trezentos anos de sua morte.

Obras consultadas:

Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo 8o., pp. 33 e ss.

Pe. Ribadaneira, Flos Sanctorum, in Dr. Eduardo Maria Villarasa, La Leyenda de Oro, L. González & Compañía, 1897, Barcelona, tomo 3º., pp. 47 e ss.

Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S. A., Saragoça, 1948, tomo IV, pp. 81 e ss.

Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo III, pp. 66 e ss.

Pe. José Leite, S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A.O., Braga, 1998, tomo II, pp. 375 e ss.

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Santa Isabel de Portugal:

Santa Isabel de Portugal

Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer se ocupar com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha que recebeu então uma formação perfeita e digna, no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, Dom Dinis. Este casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas da corte espanhola e portuguesa, além disto possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas, que humilhavam profundamente a bondosa rainha, perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre esta situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos. Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem estas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na História destas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo em que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar a desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as donzelas piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel se recolheu no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes põem abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 04 de julho de 1336. Venerada como Santa, foi sepultada no mosteiro de Coimbra e canonizada pelo Papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".

Rainha Santa Isabel de Portugal:



Rainha Santa Isabel de Portugal
Rainha e Viúva
Comemoração: 4 de Julho

Santa Isabel de Portugal nasceu em 11 de fevereiro de 1270, em Saragoça; era filha de Pedro III, rei de Aragão. Recebeu seu nome em homenagem à sua tia, Santa Isabel da Hungria, canonizada anos antes, e de quem se esperava que Isabel herdasse a bondade e a santidade. Com 12 anos se casou com o Rei Dinis, de Portugal.

Educada em família religiosa, Rainha Isabel observava com rigor os jejuns recomendados pela Igreja e, durante a Semana Santa, fazia obras de extrema piedade e devoção. Colaborou para implantar em Portugal a devoção a Nossa Senhora da Conceição, a quem recorreu pedindo auxílio para impedir uma guerra civil, liderada por seu filho Afonso, em rebelião aberta contra o pai.

Dotava os conventos do reino com muitas esmolas, principalmente o de Santa Clara de Coimbra. Mandou construir um hospício para os pobres em Coimbra, um hospital para crianças doentes e enjeitadas em Santarém e uma casa para recolhimento e regeneração das mulheres perdidas de Coimbra. Recebia em palácio jovens pobres e alimentava-os, dando-lhes dinheiro e condições para que se casassem.

O Rei Dinis adoeceu em 1324 e foi cuidado por sua esposa pessoalmente até a morte, em 7 de janeiro de 1325. Após o enterro do marido, a Rainha Isabel fixa residência em Coimbra e toma o hábito da Ordem de Santa Clara.

Em junho de 1336, resolve partir para Estremoz, a fim de encontrar seu filho o Rei Afonso IV, em guerra com seu neto Afonso IX, rei de Castela. É desaconselhada da viagem devido à longa distância, ao calor e à sua idade, mas a empreende. Chega doente à fortaleza de Estremoz; logo lhe aparece uma pústula no braço que lhe causa febres. Faleceu rezando na noite de 4 de julho, após receber os últimos sacramentos. Contra a vontade da corte, seu filho realiza-lhe o desejo de ser enterrada no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra.

Devido aos inúmeros milagres ocorridos após a morte de Santa Isabel, o Rei Manuel I pede-lhe a beatificação, e o Papa Leão X, em 1516, a declara Bem-aventurada, dando permissão para a celebração de sua festa na diocese de Coimbra. Em 1556, em virtude de outros milagres atribuídos à Rainha, o culto se estende por todo o reino de Portugal. Em 1560, Ana de Meneses, abadessa do Mosteiro de Santa Clara, funda a Confraria da Rainha Santa. O Papa Gregório XIII, em 1581, concede diversas graças e indulgências aos associados desta confraria.

Em 1612, uma comissão vem de Roma a Coimbra para dar início ao processo de canonização da Rainha. Abriram-lhe o túmulo 276 anos após sua morte e descobriram que seu corpo estava incorrupto e exalava um aroma suave. Em 25 de maio de 1625, festa da Santíssima Trindade, o Papa Urbano VIII canoniza a Rainha Santa Isabel.

IGREJA NO RIO DE JANEIRO: Rua Leopoldina Seabra 17 - Bento Ribeiro - 21331-350 - Telefax: (21) 350 5126

ORAÇÃO A RAINHA SANTA ISABEL DE PORTUGAL:Ó querida Santa Isabel, sob a vossa proteção queremos nos colocar. Vossa espiritualidade nos inspira ainda hoje no seguimento de Jesus. Ensinai-nos a acolher com carinho os pobres, os doentes, os abandonados, manifestando a eles o imenso amor do Pai. Estimulai-nos para que tenhamos coragem de estar ao lado deles, defendendo as suas lutas e assumindo as suas dores. Assim como vós, queremos construir a paz, partilhar o pão da justiça e distribuir rosas de alegria aos nossos irmãos. Intercedei por nós para que também possamos, um dia, gozar das alegrias celestes na presença de Deus.

Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal:

Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Santa Isabel
Infanta de Aragão
Rainha de Portugal
Santa  Isabel, rainha de Portugal.
Santa Isabel de Portugal,
consorte de El-Rei D. Dinis
Nascimento 1271

Saragoça, Reino de Aragão
Morte 4 de Julho de 1336

Estremoz, Portugal
Sepultamento Convento de Santa Clara-a-Nova, Coimbra, Portugal
Filhos Constança de Portugal
Afonso IV de Portugal
Casa Real Barcelona-Aragão
Pai Pedro III de Aragão
Mãe Constança da Sicília
Santa Isabel de Portugal
José Gil de Castro isabel portugal.jpg
A Rainha Santa Isabel vestida com
o seu hábito religioso e com uma
representação do milagre das rosas
Rainha de Portugal
Ordem das Clarissas
Nascimento 1271 em Saragoça, Reino de Aragão
Falecimento 4 de Julho de 1336 em Estremoz, Portugal
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1516 por: Papa Leão X
Canonização 1625 por: Papa Urbano VIII
Principal templo Igreja do Convento de Santa Clara-a-Nova de Coimbra e capela do Castelo de Estremoz
Festa litúrgica 4 de Julho
Atribuições Representada como rainha de Portugal, com um rosas no regaço do vestido.
Portal dos Santos

Isabel de Aragão OFS (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Helisabeth; Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de Julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.

Índice

[esconder]

[editar] Origens

Isabel era a filha mais velha do rei Pedro III de Aragão com Constança da Sicília. Por via materna, era descendente de Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen, rei da Sicília, filho de Frederico II.

Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, uma sua tia materna foi Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.

[editar] Casamento

Rainha Santa Isabel ao lado de Dom Dinis, com rosas no regaço

D. Dinis tinha 19 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento, convinha-lhe Isabel de Aragão. D. Dinis enviou, por isso, uma embaixada a Pedro de Aragão em 1280. Formavam-na João Velho, João Martins e Vasco Pires. Quando lá chegaram, estavam ainda à espera de resposta enviados dos reis de França e de Inglaterra, cada um desejoso de casar com Isabel um dos seus filhos. Aragão preferiu entre os pretendentes aquele que já era rei.

A 11 de Fevereiro de 1288 com 17 anos , Isabel casou-se, então, por procuração com o soberano português D. Dinis em Barcelona, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de Junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa.

Em 1281 D. Isabel de Aragão recebeu como dote as vilas de Abrantes, Óbidos, Alenquer, e Porto de Mós. Posteriormente deteve ainda os castelos de Vila Viçosa, Monforte, Sintra, Ourém, Feira, Gaia, Lamoso, Nóbrega, Santo Estêvão de Chaves, Monforte de Rio Livre, Portel e Montalegre, para além de rendas em numerário e das vilas de Leiria e Arruda (1300), Torres Novas (1304) e Atouguia da Baleia (1307). Eram ainda seus os reguengos de Gondomar, Rebordões, Codões, para além de uma quinta em Torres Vedras e da lezíria da Atalaia.

Segundo uma história apócrifa, D. Dinis não lhe teria sido inteiramente devotado e visitaria damas nobres na região de Odivelas. Ao saber do sucedido, a rainha ter-lhe-á apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las teria originado o moderno topónimo Odivelas. Contudo, esta interpretação não é sustentada pelos linguistas.

Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos:

[editar] Rainha da paz

Na década de 1320, o infante D. Afonso, herdeiro do trono, sentiu a sua posição ameaçada pelo favor que o rei D. Dinis demonstrava para com um seu filho bastardo, Afonso Sanches. O futuro D. Afonso IV declarou abertamente a intenção de batalhar contra o seu pai, o que quase se concretizaria na chamada peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria instabilizado o reino.

D. Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel recolheu-se no então Convento de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336.

Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da infanta Constança de Portugal e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria, filha do rei português. Não obstante a sua idade avançada e a sua doença, a rainha Santa Isabel dirigiu-se a Estremoz, cavalgando na sua mula por dias e dias, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos desavindos e evitou a guerra. No entanto, a paz chegaria somente quatro anos mais tarde, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339.

[editar] Falecimento e legado

Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de Julho de 1336, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde em 1995 foi iniciada uma escavação arqueológica, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo rio Mondego.

Segundo uma história hagiográfica, sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde. O seu esposo D. Dinis repousa no Mosteiro de São Dinis em Odivelas.

Túmulo da Rainha Santa Isabel por Mestre Pêro no Convento de Santa Clara-a-Nova

Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 4 de Julho, data do seu falecimento.

Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à transladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da trasladação para Santa Clara-a-Nova.

No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz.

Actualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de Julho). Alfredo Marceneiro dedicou-lhe o fado Rainha Santa, com letra de Henrique Rego.

[editar] A lenda do milagre das rosas

Estátua da Rainha Santa Isabel na igreja do Palácio Nacional de Mafra

A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. No entanto, este milagre foi originalmente atribuído à sua tia-avó Santa Isabel da Hungria. Provavelmente por corrupção da lenda original, e pelo facto de as duas rainhas possuírem o mesmo nome e fama de santas, a história passou também a ser atribuída a Isabel de Aragão.

Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor!. Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, no Inverno?. D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele haviam rosas, ao invés dos pães que ocultara.

A época exacta do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anónima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.

Santa  Isabel de Aragão, Rainha de Portugal levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. Santa  Isabel de Aragão, Rainha de Portugal

Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562

O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crónica dos Frades Menores. No entanto, a tradição popular gerou inúmeras variantes: moedas de ouro que se transformam em rosas ou rosas que se transformam em ouro; e a actualmente mais conhecida, do pão em flores.

Em meados do século XVI a lenda já tinha sido amplamente difundida, e foi ilustrada por uma pintura anónima, conhecida por Rainha Santa Isabel, no Museu Machado de Castro de Coimbra, e por uma iluminura da Genealogia dos Reis de Portugal de Simão Bening sobre desenho de António de Holanda. No século XVII surgem mais dois trabalhos anónimos retratando a rainha, a pintura a óleo no átrio do Instituto de Odivelas e o retábulo do Mosteiro do Lorvão.

[editar] Bibliografia

A primeira biografia de Isabel de Aragão foi escrita logo após a sua morte, por alguém próximo à rainha, talvez o seu confessor Frei Salvado Martins, bispo de Lamego, ou uma das aias de Santa Clara. É geralmente conhecida por Lenda ou Relação, mas apesar de o original se ter perdido, o Museu Machado de Castro conserva uma cópia quinhentista, manuscrita e iluminada, com o título: Livro que fala da boa vida que fez a Rainha de Portugal, Dona Isabel, e seus bons feitos e milagres em sua vida, e depois da morte.

Esta obra, de natureza hagiográfica, serviu de base às biografias e crónicas posteriores, incluindo a Crónica de 1419 e as Crónicas de D. Dinis e de D. Afonso IV, de Rui de Pina. Foi publicada no século XVII por Frei Francisco Brandão, na parte VI da Monarquia Lusitana.

Novena à Rainha Santa Isabel de Portugal: Mensageira da Paz nos Lares:


Oração Preparatória (para todos os dias):

V. Meu Deus, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
R. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Altíssimo e Soberano Senhor nosso,
que quisestes dar-nos exemplos nos vossos servos,
não somente nos claustros e desertos,
onde santificastes tantas almas;
mas também nos tronos dos reis,
e no meio da grandeza e magnificência dos palácios,
colocastes a virtude para nos desenganardes
de que em todos os estados pode haver o espírito de cristianismo e salvação.

Sois Vós que, na Rainha Santa Isabel,
nos destes o exemplo de um ânimo pacificador,
humilde, generoso e caritativo,
virtudes tão dificultosas no meio das grandezas humanas,
pelo que sejais para sempre bendito e louvado.

Nós Vos pedimos, Senhor,
por intercessão desta Santa Rainha
que tão grande foi no mundo e que não é menor no Céu,
as graças de que tanto precisamos (pedem-se as graças),
em modo particular a paz nos nossos corações e nos nossos lares.

Ó Deus, que sois tão admirável nos vossos santos,
compadecei-Vos de nossas misérias
e deixai-Vos mover das preces de vossa serva;
excite-se a nossa sonolência, anime-se a nossa fraqueza;
recebamos, todos, novo ânimo na devoção desta grande serva vossa,
reformem-se nossos costumes e preparem-se assim,
para nós, os caminhos da Eterna Felicidade.

Assim seja.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Santa Isabel, rogai por nós.

Orações próprias para cada dia da novena:

1.º dia: Santa Milagrosa

. . . Ó incomparável Rainha Santa,
adornada de milagres na vida e na morte.
Vós que, desde o nascimento,
fostes privilegiada por Deus
pela alegria e paz que concedestes
ao vosso pai e avô que antes eram inimigos.
Vós que, desde já, fostes escolhida por Deus,
qual pacificadora de indivíduos, famílias e povos.
. . . A Vós, milagrosa Santa,
levados pela confiança no vosso poder, recorremos.
Olhai para as nossas misérias e necessidades.
Vinde, pois, em nosso auxílio.
O vosso olhar benigno é certeza da confiança
que em Vós depositamos. Assim seja.

[ orações finais ]

2.º dia: Filha Exemplaríssima

. . . Ó Gloriosa Rainha Santa, modelo de mocidade
que tão sabiamente soubestes desprezar as vaidades do mundo
consagrando-vos a contínuas abstinências e a jejuns;
Vós que amastes, tão carinhosamente os pobres,
olhai bondosamente para as nossas misérias
e necessidades e consolai também o nosso coração aflito.
. . . Confessamos que somos pecadores
e indignos de receber de Deus as graças de que precisamos.
. . . Cheios de confiança, porém,
recorremos a vós, ó milagrosa e poderosa Santa,
e pela vossa eficacíssima intercessão,
tudo esperamos da infinita e divina misericórdia.
Assim seja.

[ orações finais ]

3.º dia: Esposa Heróica
. . . Ó Taumaturga Santa Isabel, Consoladora dos casados
que tão prudentemente vivestes ao lado do vosso esposo.
. . . Vós que criastes uma verdadeira época de felicidade
para o Reino de Portugal, exclusivamente pelas vossas virtudes
de uma santa esposa e de uma gloriosa rainha;
Vós que destes a Paz a todos aqueles que a tinham perdido,
olhai também para as nossas mágoas
e transformai-as em fonte de alegria pelo vosso excelso e divino poder.
Assim seja.

[ orações finais ]

4.º dia: Poderosa Santa

. . . Ó Poderosa Rainha Santa,
que em paga de vossa penitências e obras de Caridade
merecestes de Deus o divino poder de operar estrepitosos milagres.
. . . Vós, que por mortificação, receastes beber vinho,
numa doença em que os médicos aconselhavam tal bebida e,
no entanto, a água que preferistes
milagrosamente transformou-se em delicioso vinho.
. . . Vós, que recebestes de Deus o poder de curar
com um vosso beijo, a chaga de uma pobre mulher e,
com um simples sinal da cruz, todos os doentes que vos procuravam.
. . . Vós que, para apaziguar as iras do vosso esposo,
convertestes em rosas as moedas destinadas aos pobres.
. . . Eis-nos prostrados diante de vós
para implorar a vossa bondade e o vosso poder.
. . . Temos certeza de que não recusareis socorrer
aos vossos devotos, que gemem sob o peso de tantas angústias,
pois que no céu sois poderosa
e continuais a vossa divina missão de caridade.
Assim seja.
[ orações finais ]

5.º dia: Anjo de Caridade
. . . Ó Excelentíssima Apostola de Caridade,
que fundastes conventos, colégios e igrejas
para que neles o povo cristão achasse amparo e formação cristã.
. . . Ó Fervorosíssima adoradora de Deus,
que tudo fizestes para salvar o povo cristão
das ciladas do demónio e torná-lo digno das maiores graças de Deus.
. . . Vós, que no Céu recebeis agora o Poder
e a Glória por tantas obras de caridade
em favor dos pobres e necessitados,
para os quais distribuístes todas as vossas riquezas.
. . . Eis-nos aqui, humildemente,
suplicando o vosso soberano poder de Rainha,
e extraordinária apostola da Caridade,
para que não nos deixeis nas nossas angústias e misérias.
. . . Temos certeza de que a vossa caridade
de soberana rainha continua no Céu, em nosso favor.
Assim seja.

[ orações finais ]

6.º dia: Mensageira da Paz
. . . Ó Gloriosa Rainha, dotada de admirável mansidão,
Vós que recebestes o divino poder
de apaziguar os ânimos dissidentes dos reis.
. . . Vós, que qual arco-íris da Paz,
soubestes poupar aos povos católicos
todas as desgraças que costumam acompanhar as guerras:
mortes, destruições de cidades, a peste, a miséria e a fome.
. . . Vós, que qual Anjo de Deus,
aparecestes em lugares de combate e,
tocando divinamente os corações dos soldados,
generais e reis, sempre conseguistes
que o arco-íris da Paz brilhasse cada vez mais nos Céus dos povos.
. . . A vós, Milagrosa Mensageira da Paz,
recorremos, e por vossa intercessão,
queremos sempre possuir a Paz de Deus
em nossos corações e nossos lares.
. . . Valei-nos, ó Anjo da Paz,
contra os inimigos de nossa alma, para que,
triunfando sobre eles, vivamos em paz com Deus.
Assim seja.

[ orações finais ]

7.º dia: Espelho das Viúvas
. . . Ó incomparável e Santa Rainha,
que fostes excelente modelo não somente das jovens cristãs
e das senhoras casadas, mas também verdadeiro espelho das viúvas.
. . . Vós que, na viuvez, abandonando os trajes de soberana rainha
vestistes o humilde hábito de São Francisco de Assis,
desapegando completamente, nesse clima de pobreza,
o vosso coração de todas as riquezas e vaidades do mundo.
. . . Vós que, com admirável penitência e humildade,
por duas vezes, peregrinastes a Santiago de Compostela
para sufragar a alma do vosso esposo,
dando-nos um extraordinário exemplo de piedade cristã.
. . . A Vós, gloriosa santa, nobilíssima pela geração e pela fé,
vimos implorando o vosso poder para que, com amor,
abracemos as mortificações da vida,
desapeguemos o coração das vaidades e riquezas do mundo
e façamos penitência dos nossos pecados.
Assim seja.

[ orações finais ]

8.º dia: Luz das Mulheres Piedosas
. . . Ó Viva Luz de santidade, Rainha Santa Isabel,
Luz das mulheres piedosas.
. . . Vós que, logo após a morte do vosso esposo,
colocastes tudo o que vos restava de riqueza a serviço da caridade:
sustentando pobres, protegendo viúvas,
educando órfãos, acudindo e remediando a todos os necessitados,
oferecendo ao século e ao mundo
um exemplo de verdadeiro emprego das riquezas.
. . . A Vós, arrimo de todos os necessitados,
mãe carinhosa e Santa, recorremos.
Da vossa celestial bondade e ternura,
suplicamos todas as graças espirituais e materiais
de que necessitamos.
. . . Vossa soberana generosidade é penhor da nossa felicidade.
Assim seja.

[ orações finais ]

9.º dia: Adornada de Milagres, em Vida e na Morte
. . . Com júbilo no coração, com a certeza de sermos atendidos,
vimos a Vós, ó bondosa e carinhosa mãe,
consoladora de todas as aflições.
. . . Vós, que não duvidastes em dar vossa vida
para a pacificação dos povos, sois a nossa esperança
e o penhor da nossa felicidade.
. . . A Vós, Mãe dos órfãos, Afugentadora dos demónios,
Abrigo dos peregrinos e dos doentes,
Arrimo de todos os necessitados, apresentamos,
com filial confiança, nossas misérias e necessidades.
. . . Pelo júbilo que sentistes na vossa agonia,
ao ouvir cantar os anjos que, juntos à Virgem Santíssima,
vieram para levar a vossa santa alma ao encontro de Deus;
. . . pela Felicidade que sentistes ao entrar no Céu;
. . . pelo extraordinário poder de glória
e de milagres que Deus vos concedeu,
nós vos suplicamos as graças de que tanto necessitamos...
assim como conformar a nossa vontade àquela divina,
cumprir sempre e fielmente as leis de Deus,
ser filhos obedientes da Igreja Católica
e salvar a nossa alma na eternidade.
Assim seja.

Novena à Rainha Santa Isabel de Portugal
mensageira da Paz nos laresSanta  Isabel, Rainha de Portugal

Oração Preparatória
(para todos os dias)

V. Meu Deus, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-vos em me socorrer.
V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
R. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

. . . Altíssimo e Soberano Senhor nosso, que quisestes dar-nos exemplos nos vossos servos, não somente nos claustros e desertos, onde santificastes tantas almas; mas também nos tronos dos reis, e no meio da grandeza e magnificência dos palácios, colocastes a virtude para nos desenganardes de que em todos os estados pode haver o espírito de cristianismo e salvação.
. . . Sois Vós que, na Rainha Santa Isabel, nos destes o exemplo de um ânimo pacificador, humilde, generoso e caritativo, virtudes tão dificultosas no meio das grandezas humanas, pelo que sejais para sempre bendito e louvado.
. . . Nós Vos pedimos, Senhor, por intercessão desta Santa Rainha que tão grande foi no mundo e que não é menor no Céu, as graças de que tanto precisamos (pedem-se as graças), em modo particular a paz nos nossos corações e nos nossos lares.
. . . Oh Deus, que sois tão admirável nos vossos santos, compadecei-vos de nossas misérias e deixai-vos mover das preces de vossa serva; excite-se a nossa sonolência, anime-se a nossa fraqueza; recebamos, todos, novo ânimo na devoção desta grande serva vossa, reformem-se nossos costumes e preparem-se assim, para nós, os caminhos da Eterna Felicidade.
. . . Assim seja.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
Santa Isabel, rogai por nós.

[ 1o. dia - 2o. dia - 3o. dia - 4o. dia - 5o. dia - 6o. dia - 7o. dia - 8o. dia - 9o. dia ]


1o. dia - Santa Milagrosa

. . . Ó incomparável Rainha Santa, adornada de milagres na vida e na morte. Vós que, desde o nascimento, fostes privilegiada por Deus pela alegria e paz que concedestes ao vosso pai e avô que antes eram inimigos. Vós que, desde já, fostes escolhida por Deus, qual pacificadora de indivíduos, famílias e povos. A Vós, milagrosa Santa, levados pela confiança no vosso poder, recorremos. Olhai para as nossas misérias e necessidades. Vinde, pois, em nosso auxílio. O vosso olhar benigno é certeza da confiança que em Vós depositamos. Assim seja.

[ orações finais ]


2o. dia - Filha Exemplaríssima

. . . Ó Gloriosa Rainha Santa, modelo de mocidade que tão sabiamente soubestes desprezar as vaidades do mundo consagrando-vos a contínuas abstinências e a jejuns; Vós que amastes, tão carinhosamente os pobres, olhai bondosamente para as nossas misérias e necessidades e consolai também o nosso coração aflito.
. . . Confessamos que somos pecadores e indignos de receber de Deus as graças de que precisamos.
. . . Cheios de confiança, porém, recorremos a vós, ó milagrosa e poderosa Santa, e pela vossa eficacíssima intercessão, tudo esperamos da infinita e divina misericórdia. Assim seja.

[ orações finais ]


3o. dia - Esposa Heróica

. . . Ó Taumaturga Santa Isabel, Consoladora dos casados que tão prudentemente vivestes ao lado de vosso esposo.
. . . Vós que criastes uma verdadeira época de felicidade para o Reino de Portugal, exclusivamente pelas vossas virtudes de uma santa esposa e de uma gloriosa rainha; Vós que destes a Paz a todos aqueles que a tinham perdido, olhai também para as nossas mágoas e transformai-as em fonte de alegria pelo vosso excelso e divino poder. Assim seja.

[ orações finais ]


4o. dia - Poderosa Santa

. . . Ó Poderosa Rainha Santa que em paga de vossa penitências e obras de Caridade merecestes de Deus o divino poder de operar estrepitosos milagres.
. . . Vós, que por mortificação, receastes beber vinho, numa doença em que os médicos aconselhavam tal bebida e, no entanto, a água que preferistes milagrosamente transformou-se em delicioso vinho.
. . . Vós, que recebestes de Deus o poder de curar com um vosso beijo, a chaga de uma pobre mulher e, com um simples sinal da cruz, todos os doentes que vos procuravam.
. . . Vós que, para apaziguar as iras do vosso esposo, convertestes em rosas as moedas destinadas aos pobres.
. . . Eis-nos prostrados diante de vós para implorar a vossa bondade e o vosso poder.
. . . Temos certeza de que não recusareis socorrer aos vossos devotos, que gemem sob o peso de tantas angústias, pois que no céu sois poderosa e continuais a vossa divina missão de caridade. Assim seja.

[ orações finais ]


5o. dia - Anjo de Caridade

. . . Ó Excelentíssima Apóstola de Caridade que fundastes conventos, colégios e igrejas para que neles o povo cristão achasse amparo e formação cristã.
. . . Ó Fervorosíssima adoradora de Deus que tudo fizestes para slavar o povo cristão das ciladas do demônio e torná-lo digno das maiores graças de Deus.
. . . Vós, que no Céu recebeis agora o Poder e a Glória por tantas obras de caridade em favor dos pobres e necessitados, para os quais distribuístes todas as vossas riquezas.
. . . Eis-nos aqui, humildemente, suplicando o vosso soberano poder de Rainha, e extraordinária apóstola da Caridade, para que não nos deixeis nas nossas angústias e misérias.
. . . Temos certeza de que a vossa caridade de soberana rainha continua no Céu, em nosso favor. Assim seja.

[ orações finais ]


6o. dia - Mensageira da Paz

. . . Ó Gloriosa Rainha, dotada de admirável mansidão, Vós que recebestes o divino poder de apaziguar os ânimos dissidentes dos reis.
. . . Vós, que qual arco-íris da Paz, soubestes poupar aos povos católicos todas as desgraças que costumam acompanhar as guerras: mortes, destruições de cidades, a peste, a miséria e a fome.
. . . Vós, que qual Anjo de Deus, aparecestes em lugares de combate e, tocando divinamente os corações dos soldados, generais e reis, sempre conseguistes que o arco-íris da Paz brilhasse cada vez mais nos Céus dos povos.
. . . A vós, Milagrosa Mensageira da Paz, recorremos, e por vossa intercessão, queremos sempre possuir a Paz de Deus em nossos corações e nossos lares.
. . . Valei-nos, ó Anjo da Paz, contra os inimigos de nossa alma, para que, triunfando sobre eles, vivamos em paz com Deus. Assim seja.

[ orações finais ]


7o. dia - Espelho das Viúvas

. . . Ó incomparável e Santa Rainha que fostes excelente modelo não somente das jovens cristãs e das senhoras casadas, mas também verdadeiro espelho das viúvas.
. . . Vós que, na viuvez, abandonando os trajes de soberana rainha vestistes o humilde hábito de São Francisco de Assis, desapegando completamente, nesse clima de pobreza, o vosso coração, de todas as riquezas e vaidades do mundo.
. . . Vós que, com admirável penitência e humildade, por duas vezes, peregrinastes a Santiago de Compostela para sufragar a alma do vosso esposo, dando-nos um extraordinário exemplo de piedade cristã.
. . . A Vós, gloriosa santa, nobilíssima pela geração e pela fé, vimos implorando o vosso poder para que, com amor, abracemos as mortificações da vida, desapeguemos o coração das vaidades e riquezas do mundo e façamos penitência dos nossos pecados. Assim seja.

[ orações finais ]


8o. dia - Luz das Mulheres Piedosas

. . . Ó Viva Luz de santidade, Rainha Santa Isabel, Luz das mulheres piedosas.
. . . Vós que, logo após a morte do vosso esposo, colocastes tudo o que vos restava de riqueza a serviço da caridade: sustentando pobres, protegendo viúvas, educando órfãos, avudindo e remediando a todos os necessitados, oferecendo ao século e ao mundo um exemplo de verdadeiro emprego das riquezas.
. . . A Vós, arrimo de todos os necessitados, mãe carinhosa e Santa, recorremos. Da vossa celestial bondade e ternura, suplicamos todas as graças espirituais e materiais de que necessitamos.
. . . Vossa soberana generosidade é penhor da nossa felicidade. Assim seja.

[ orações finais ]


9o. dia - Adornada de Milagres, em Vida e na Morte

. . . Com júbilo no coração, com a certeza de sermos atendidos, vimos a Vós, ó vondosa e carinhosa mãe, consoladora de todas as aflições.
. . . Vós, que não duvidastes em dar vossa vida para a pacificação dos povos, sois a nossa esperança e o penho da nossa felicidade.
. . . A Vós, Mãe dos órfãos, Afugentadora dos demônios, Abrigo dos peregrinos e dos doentes, Arrimo de todos os necessitados, apresentamos, com filial confiança, nossas misérias e necessidades.
. . . Pelo júbilo que sentistes na vossa agonia, ao ouvir cantar os anjos que, juntos à Virgem Santíssima, vieram para levar a vossa santa alma ao encontro de Deus;
. . . pela Felicidade que sentistes ao entrar no Céu;
. . . pelo extraordinário poder de glória e de milagres que Deus vos concedeu, nós vos suplicamos as graças de que tanto necessitamos... assim como conformar a nossa vontade àquela divina, cumprir sempre e fielmente as leis de Deus, ser filhos obedientes da Igreja Católica e salvar a nossa alma na eternidade. Assim seja.

[ orações finais ]


Ladainhas de Santa Isabel

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Mãe de Misericórdia, rogai por nós.

Santa Isabel, mãe dos pecadores, rogai por nós.
Santa Isabel, temente a Deus desde a infância, rogai por nós.
Santa Isabel, fervorosíssima adoradora de Deus, rogai por nós.
Santa Isabel, devota do discípulo amado de Jesus, rogai por nós.
Santa Isabel, imitadora de São Francisco, rogai por nós.
Santa Isabel, nobilíssima pela geração e pela fé, rogai por nós.
Santa Isabel, dada a todos os atos de piedade, rogai por nós.
Santa Isabel, que pernoitáveis na oração e contemplação, rogai por nós.
Santa Isabel, consolada muitas vezes com visões divinas, rogai por nós.
Santa Isabel, amável a Deus e aos homens, rogai por nós.
Santa Isabel, admirável desprezadora do mundo, rogai por nós.
Santa Isabel, modelo de pobreza, castidade e obediência, rogai por nós.
Santa Isabel, consoladora dos casados, rogai por nós.
Santa Isabel, espelho das viúvas, rogai por nós.
Santa Isabel, norma de penitência e de humildade, rogai por nós.
Santa Isabel, dotada de admirável mansidão, rogai por nós.
Santa Isabel, que desprezastes as delícias da real casa paterna, rogai por nós.
Santa Isabel, amante da Cruz de Cristo, rogai por nós.
Santa Isabel, luz das mulheres piedosas, rogai por nós.
Santa Isabel, Mãe dos órfãos, rogai por nós.
Santa Isabel, consoladora de todas as aflições, rogai por nós.
Santa Isabel, que destes aos pobres todas as vossas riquezas, rogai por nós.
Santa Isabel, privada do auxílio dos vossos parentes, rogai por nós.
Santa Isabel, pacientíssima nas contrariedades, rogai por nós.
Santa Isabel, abrigo dos peregrinos e dos doentes, rogai por nós.
Santa Isabel, arrimo de todos os necessitados, rogai por nós.
Santa Isabel, afugentadora dos demônios, rogai por nós.
Santa Isabel, que alcançáveis de Deus a conversão dos vaidosos e dos viciados, rogai por nós.
Santa Isabel, que ouvistes cantar os anjos em vossa morte, rogai por nós.
Santa Isabel, adornada de milagres na vida e na morte, rogai por nós.
Santa Isabel, que socorreis misericordiosamente aos vossos devotos, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. Rogai por nós, Santa Isabel.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:
Ó Deus clementíssimo, que entre outros eminentes dotes ornastes a Rainha Santa Isabel com a prerrogativa de aplacar os horrores da guerra, concedei-nos por sua intercessão que, depois de passarmos em paz esta vida mortal, como humildemente pedimos, alcancemos as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.